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sexta-feira, 22 de abril de 2016

Quem é Ogum?


CORES: Verde ou Azul-escuro, Vermelho (algumas qualidades)
SÍMBOLOS: Bigorna, Faca, Pá, Enxada e outras ferramentas
ELEMENTOS: Terra (florestas e estradas) e Fogo
DOMÍNIOS: Guerra, Progresso, Conquista e Metalurgia
SAUDAÇÃO: Ògún ieé!!
Ogum (Ògún) é o guerreiro, violento e implacável, deus do ferro, da metalurgia e da tecnologia; protetor do ferreiros, agricultores, caçadores, carpinteiros, escultores, sapateiros, talhantes, metalúrgicos, marceneiros, maquinistas, mecânicos, motoristas e de todos os profissionais que de alguma forma lidam com o ferro ou metais afins.
Orixá conquistador, Ogum fez-se respeitar em toda a África negra pelo seu carácter devastador. Foram muitos os reinos que se curvaram diante do poder militar de Ogum.
Entre os muitos Estados conquistados por Ogum estava a cidade de Iré, da qual se tornou senhor após libertar a cidade da tirania do rei e substituí-lo pelo seu, próprio filho, regressando glorioso com o título de Oníìré, ou seja, Rei de Iré.
Não é por acaso, portanto, que nas orações dedicadas a Ogum o medo fica tão evidente e a piedade é um pedido constante, pois como diz uma das suas cantigas:

Ògún pá lélé pá


Ògún pá ojaré


Ògún pá, lélé pá


Ògún pá ojaré.


Ogum mata/extingui com violênciaOgum mata/extingui com razãoOgum mata/extingui e destrói completamente.



Ogum é o filho mais velho de Oduduwa, o herói civilizador que fundou a cidade de Ifé. Quando Oduduwa esteve temporariamente cego, Ogum tornou-se seu regente em Ifé.
Ogum é um orixá importantíssimo em África e no Brasil. A sua origem, de acordo com a história, data de eras remotas. Ogum é o último imolé.
Os Igba Imolé eram os duzentos orixás da direita que foram destruídos por Olodumaré após terem agido mal. A Ogum, o único Igba Imolé que restou, coube conduzir os Irun Imole, os outros quatrocentos Orixás da esquerda.
Foi Ogum quem ensinou aos homens como forjar o ferro e o aço. Ele tem um molho de sete instrumentos de ferro: alavanca, machado, pá, enxada, picareta, espada e faca, com as quais ajuda o homem a vencer a natureza.
Em todos os cantos da África negra Ogum é conhecido, pois soube conquistar cada espaço daquele continente com a sua bravura. Matou muita gente, mas matou a fome de muita gente, por isso antes de ser temido Ogum é amado.
Espada! Eis o braço de Ogum.
Características dos filhos de Ogum
Fisicamente, os filhos de Ogum são magros, mas com músculos e formas bem definidas. Compartilham com Exu o gosto pelas festas e conversas que não acabam e gostam de brigas. Se não fizerem a sua própria briga, compram a dos seus camaradas.
Sexualmente os filhos de Ogum são muito potentes; trocam constantemente de parceiros, pois possuem dificuldade de se fixar a uma pessoa ou lugar.
São do tipo que dispensa um confortável colchão de molas para dormir no chão; gostam de pisar a terra com os pés descalços. São pessoas batalhadoras, que não medem esforços para atingir os seus objectivos, são pessoas que mesmo contrariando a lógica lutam insistentemente e vencem.
Não se prendem à riqueza, ganham hoje, gastam amanhã. Gostam mesmo é do poder, gostam de comandar, são líderes natos. Essa necessidade de estar sempre à frente pode torná-los pessoas egoístas e desagradáveis, mas nem sempre.
Geralmente, os filhos de Ogum são pessoas alegres, que falam e riem alto para que todos se divirtam com suas histórias e que adoram compartilhar a sua felicidade.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Ogum

Ogum


Ogum ou Ogulê (em iorubáÒgún) é, na mitologia iorubá, o orixá ferreiro, senhor do ferro, da guerra, da agricultura e da tecnologia. O próprio Ogum forjava suas ferramentas, tanto para a caça, como para a agricultura e para a guerra. Na África, seu culto é restrito aos homens, e existiam templos em OndoEkiti e Oyo. Era o filho mais velho de Oduduwa, o fundador de Ifé, identificado no jogo do merindilogun pelos odus etaogundaodi e obeogunda, representado materialmente e imaterial no candomblé através do assentamento sagrado denominado igba ogun.
Ogum é considerado o principal orixá a descer do Orun (o céu) para o Aiye (a Terra) após a criação, um dossemideuses visando a uma futura vida humana. Em comemoração a tal acontecimento, um de seus vários nomes éOriki ou Osin Imole, que significa o "primeiro orixá a vir para a Terra". Ogum foi provavelmente a primeira divindade cultuada pelos povos yorubá da África Ocidental. Acredita-se que ele tenha wo ile sun, que significa "afundar na terra e não morrer", em um lugar chamado 'Ire-Ekiti'.
É também chamado de ÒgúnOgounGuOgun e Oggún. Sua primeira aparição na mitologia foi como um caçador chamado Tobe Ode.
Ogundelê
deus da guerra, agricultura, ferro, metais e tecnologia
Pais: Oxalá e Iemanjá
Irmãos: Oxóssi e Exu
Cônjuges: Iansã e Oxum
Arma: Espada
Sincretismo: São Jorge e Santo Antônio

Etimologia

"Ogum" é um termo procedente da língua iorubá.

Lenda de Ogum

Família


Assentamento de Ogum no candomblé
É filho de Oduduwa e Yemu. Ogum é o filho mais velho de Odudua, o herói civilizador que fundou a cidade de Ifé. Quando Odudua esteve temporariamente cego, Ogum tornou-se seu regente em Ifé. Ogum é um orixá importantíssimo na África e no Brasil. Sua origem, de acordo com a história, data de eras remotas. Ogum é o último Igbá imolé. Os Igba Imolé eram os duzentos orixás da direita que foram destruídos por Olodumaré após terem agido mal. A Ogum, o único Igba Imolé que restou, coube conduzir os Irun Imole, os outros quatrocentos orixás da esquerda.
Foi Ogum quem ensinou aos homens como forjar o ferro e o aço. Ele tem um molho de sete instrumentos de ferro:alavancamachadoenxadapicaretaespada e faca, com as quais ajuda o homem a vencer a natureza.

O guerreiro

Era um guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos. Dessas expedições, ele trazia sempre um rico espólio e numerosos escravos. Guerreou contra a cidade de Ará e a destruiu. Saqueou e devastou muitos outros estados e apossou-se da cidade de Irê, matou o rei, aí instalou seu próprio filho no trono e regressou glorioso, usando ele mesmo o título de Oníìré, "Rei de Irê". Tem semelhança com o vodum Gu.

Arquétipo

De acordo com Pierre Verger, o arquétipo de Ogum é o das pessoas fortes, aguerridas e impulsivas, incapazes de perdoar as ofensas de que foram vítimas.[4] Das pessoas que perseguem energicamente seus objetivos e não se desencorajam facilmente.[4] Daquelas que, nos momentos difíceis, triunfam onde qualquer outro teria abandonado o combate e perdido toda a esperança.[4] Das que possuem humor mutável, passando de furiosos acessos de raiva ao mais tranqüilo dos comportamentos.[4] Finalmente, é o arquétipo das pessoas impetuosas e arrogantes, daquelas que se arriscam a melindrar os outros por uma certa falta de discrição quando lhe prestam serviços, mas que, devido à sinceridade e franqueza de suas intenções, tornam-se difíceis de serem odiadas.[4]

Ogum no ritual do sacrifício no candomblé do Ile Ase Ijino Ilu Orossi

Aspecto

Representa o solitário hostil que vaga pelos caminhos. Suas cores são o azul e branco ou branco e vermelho.
No candomblé, Ogum é o orixá ferreiro, dono de todos os caminhos e encruzilhadas junto com Exu. Suas cores são o azul-cobalto e o verde. Na umbanda, sua cor é o vermelho.

Oferendas

Sacrificam-se-lhe bodesgalosgalinhas-de-angola (macho), pombos e patos.

Diferentes mitologias

Tradicionalmente um guerreiro, Ogum é visto como uma poderosa divindade dos trabalhos em metal, semelhante àAres e Hefesto na mitologia grega e Visvakarma na mitologia hindu. E poderoso e triunfal, mas também exibe a raiva e destrutividade do guerreiro cuja força e violência pode virar contra a comunidade que ele serve. Dá força através da profecia e magia, e é procurado para ajudar as pessoas a obter mais um governo que dê resposta às suas 




domingo, 17 de abril de 2016

TERREIRO: Um vídeo documentário sobre o Candomblé


Ainda existem muitos pré-conceitos quando se fala sobre o Candomblé. E para desmistificar alguns, as mães Vilma S. de Oliveira e Tereza M. Castro abriram seus terreiros para mostrar como é feito a verdadeira cultura afro. O vídeo documentário foi produzido em novembro de 2008, como trabalho de conclusão de curso, mas só agora resolvemos publicar, como forma de homenagem e agradecimento a tudo que Vilma S. de Oliveira fez pela religião e pela cidade de Londrina.